quinta-feira, novembro 06, 2008

PETIÇÃO

Desde segunda-feira que a nossa petição está off-line. Segundo a nota que surge no sítio PetitionOnline, a resposta, via e-mail resolveria o problema. A verdade é que já seguiram três e-mail e o problema subsiste. Na última visualização a petição contava já com mais de 500 assinaturas, e têm sido muitas as pessoas que se têm dirigido ao Movimento no intuito de assinar a petição.

Assim sendo lançamos uma nova petição apelando a todos os que já a tinham assinado que o voltem a fazer e, se possível, que a divulguem junto de mais pessoas, com vista a recuperar o tempo perdido.

segunda-feira, novembro 03, 2008

Dos 25% de IRC, às prestações pagas…


No nosso abaixo-assinado/petição reivindicamos que os bancos paguem 25% de IRC, como acontece com as restantes empresas. Entre os anos de 2004/2007 a taxa efectivamente paga foi de 13,0%, 13,5%, 17,9% e, em 2007, de 15,9%, ou seja, no período compreendido entre 2004 e 2007 a taxa rondou os 15,6%, bem longe dos 25%. Neste período os bancos ficaram a dever 1.563 milhões de euros…

Por outro lado, recorrendo a uma abordagem de Eugénio Rosa sobre as prestações pagas aos bancos verificamos que “entre Janeiro de 2005 e Julho de 2008, a prestação media total com o empréstimo em divida destinado à aquisição de habitação aumentou em 31,3%. Se desdobrarmos a prestação em duas partes - a destinada a amortização do empréstimo e a destinada a pagamento dos juros – concluímos que enquanto a primeira diminuiu, a segunda aumentou assustadoramente.

Entre Janeiro de 2005 e Julho de 2008, a parcela da prestação média paga por cada família destinada a amortização do empréstimo para habitação diminuiu em -18,9%, enquanto a parte dessa mesma prestação destinada ao pagamento de juros cresceu em 75,3%. Como consequência, o número médio de anos necessários para pagar o empréstimo para habitação passou de 31 anos para 45 anos, ou seja, mais do que a vida activa da maioria dos portugueses.”

Assim se explica o crescimento de uns e a degradação das condições de vida de todos os outros…

quarta-feira, outubro 29, 2008

PETIÇÃO

PARA: Assembleia da República

Os signatários, face à situação de crescente degradação das condições de vida, consequência directa do aumento significativo de um conjunto de despesas, entre as quais se destacam as resultantes da compra de habitação e,

Considerando que:
· as prestações com a habitação conheceram no últimos anos aumentos brutais, não acompanhados por valorização salarial;
· a par destes aumentos e sua consequência directa, os lucros líquidos dos bancos, entre 2004 e 2007, foram de 11.422 milhões de euros;
· esta situação representa uma profunda injustiça social.

Solicitam à Assembleia da República que desenvolva iniciativas com vista à redução das prestações pagas na sequência de compra de habitação, tais como:

· limitação do spread cobrado pela banca, que afecta essencialmente as famílias com mais baixos recursos;
· o fim da obrigatoriedade de comprar outros produtos (como sejam seguros, cartões de crédito…) aquando da concessão de crédito, cessando tais obrigações para todos os contratos em vigor;
· Efectivação da obrigatoriedade da banca pagar 25% de IRC e utilizar parte da verba para auxílio às famílias mais necessitadas.


Esta petição pode ser assinda em

segunda-feira, outubro 27, 2008

ACÇÃO DE PROTESTO

Vai realizar-se, no próximo dia 29 de Outubro, entre as 18 e as 24horas, uma concentração/acampamento “Com a Corda na Garganta” junto ao Ministério das Finanças, na Av. Infante D. Henrique (junto à Estação Sul e Sueste) de protesto de quem comprou casa e viu subir brutalmente a prestação a pagar ao banco.

Exigimos que o direito Constitucional à habitação seja efectivado!
PARTICIPA!!!!
Para mais informações contacta-nos via e-mail, ou deixa contacto

Manifesto

Face à situação de crescente degradação das condições de vida, consequência directa do aumento significativo de um conjunto de despesas, entre as quais se destacam as resultantes da compra de habitação, não acompanhadas de valorização salarial, é criado por um conjunto de jovens o Movimento “Com a Corda na Garganta”.

O Movimento “Com a Corda na Garganta”, aberto à participação de qualquer cidadão, parte da situação concreta com que os jovens hoje se deparam e tem como principal objectivo reivindicar a redução dos juros e montantes pagos aos Bancos por quem foi empurrado para a compra de habitação, num cenário em que os apoios ao arrendamento foram alvo de grandes restrições, agravando e condicionando o direito Constitucional à habitação que, aliado à precariedade profissional e aos baixos salários, hipoteca o presente e traz grandes incertezas quanto ao futuro de milhares de famílias e jovens, num contexto em que mais do que viver, o desafio que se nos coloca é o de sobreviver, com recurso à imaginação e ajuda dos familiares (dos que podem), mas com crescentes privações que passam, entre muitas outras, pelo adiar do alargamento da família.

A par desta realidade, convivemos com uma situação de profunda injustiça social ao ver que a banca, com os empréstimos à habitação a representarem o seu mais importante negócio de crédito, transfere para os clientes o crescimento de custos, mantendo o ritmo de crescimento dos seus lucros.

Num cenário de crise económica e social não deixa de ser paradigmático que a par da degradação das condições de vida da maioria, esteja uma pequena minoria a arrecadar mais e mais lucros. Só entre o período 2004-2007 a banca teve 11.422 milhões de euros de lucros líquidos.

O aval de 20 mil milhões de euros recentemente concedido pelo governo às instituições bancárias, que em nada vem alterar os encargos com habitação no total das despesas mensais e que é feito com o dinheiro dos portugueses para que os bancos continuem a lucrar, é sintomático das preocupações de quem nos governa.

O papel do Governo, bem como da Caixa Geral de Depósitos enquanto banco do Estado, não pode continuar a ser o de defensor dos banqueiros e seus interesses, pelo que se impõem medidas concretas com implicações reais para as famílias que hoje se encontram “com a corda na garganta”.

Tais medidas terão de contribuir para a redução dos juros e montantes entregues à banca e passam por:

  • Limitação do spread cobrado pela banca, que afecta essencialmente as famílias com mais baixos recursos;
  • Fim da obrigatoriedade de comprar outros produtos (como sejam seguros, cartões de crédito…) cessando tais obrigações para todos os contratos em vigor;
  • Efectivação da obrigatoriedade da banca pagar 25% de IRC e utilizar parte da verba para auxílio às famílias mais necessitadas.